Sou realmente eficaz na utilização da Lei do Bem?
- Lei do Bem
- agosto 21, 2018
Olá!
A partir da experiência de alguns anos no levantamento de dispêndios em PD&I para a Lei do Bem, gostaria de compartilhar algo com todos aqui na rede.
Mais importante do que a identificação dos dispêndios realizados com PD&I visando usufruir dos incentivos da Lei do Bem, é a mensuração do impacto da redução de carga tributária no orçamento da empresa.
Identificar o que e quanto foi gasto é relevante pois que se faz necessário, mas não pode ser considerado como um trabalho único e suficiente.
Muitas pessoas das áreas fiscal, contábil ou financeira – e mesmo consultorias – expõem com orgulho que os ganhos com a Lei do Bem têm crescido ano a ano. No entanto, esses números, considerados isoladamente, não dizem muita coisa, ou melhor, dizem quase nada.
Dando um exemplo extremo, é como se eu criticasse as políticas de trânsito brasileiras por terem ocorrido centenas de acidentes em um feriado prolongado, elogiando ao mesmo tempo a políticas de trânsito do Vaticano por que lá praticamente não ocorrem acidentes.
O que verdadeiramente interessa é a capacidade de redução de carga tributária sobre o orçamento para PD&I, uma vez que nem tudo o que é orçado pode ser objeto dos incentivos.
No final das contas, o executivo quer visualizar qual fatia do orçamento para PD&I foi “economizada” com o uso dos incentivos. Esse sim é um dado relevante e que faz toda a diferença na definição da estratégia de execução dos próximos orçamentos.
Atendendo empresas de diversos setores há alguns anos, – pasmem! – uma única vez tive a oportunidade de ouvir de um executivo que esse era o dado relevante para ele.
Se os valores de incentivos diminuírem, que mal haveria nisso, se o orçamento para PD&I caiu?
Se os valores aumentaram 30% nesse ano, poderíamos soltar fogos de artifício se o orçamento para PD&I dobrou?
Devemos levantar tais questões desde o início do levantamento de dispêndios para a Lei do Bem, nos perguntando:
- Qual orçamento tenho a executar?
- Quais são as rubricas deste orçamento?
- Como o orçamento está sendo executado no tempo?
- Quanto espero recuperar?
Enfim, a estratégia deve ser a guia de nossas ações. Dados relevantes são dados estratégicos. Por isso, o trabalho operacional deve gerar informações estratégicas e à estratégia servir.
Espero ter ajudado a todos.
Forte abraço!
Edwin Lima
Publicado originalmente no LinkedIn
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