Como descrever projetos de PD&I para a Lei do Bem no setor de serviços – Parte 3
- Lei do Bem
- maio 21, 2020
Edwin Lima
Olá amigos! Tudo bem com vocês?
Continuamos com a parte 3 da série Como descrever projetos de PD&I para a Lei do Bem no setor de serviços.
Encerramos a parte 2, que pode ser lida aqui, indicando que continuaríamos discorrendo sobre como descrever um projeto de PD&I para a Lei do Bem no setor de serviços se houver esforço de P&D somente na tecnologia da informação (TI) que operacionalizará a inovação pretendida.
Em primeiro lugar, cumpre notar que a TI permeia praticamente todas as iniciativas de inovação do setor de serviços e é fator decisivo na capacidade de inovar das empresas deste setor. Portanto, desprezar ou negligenciar o papel da TI na inovação em serviços é um suicídio dos piores.
O desenvolvimento de um software pode, em si mesmo, requerer ou não P&D. Se ele o requer, diz o manual de Frascati (item 2.68) que sua conclusão deve depender de um avanço científico e/ou tecnológico, e ainda que deve ter por objetivo dissipar uma incerteza científica ou tecnológica de forma sistemática (lembrem-se que a sistematização é um dos cinco critérios que devem ser satisfeitos na análise de uma atividade de PD&I).
O avanço científico e/ou tecnológico deve, necessariamente, dar-se na área de software, mesmo que de forma incremental, ou seja, sendo resultado de melhorias significativas, não sendo obrigatória a criação de algo totalmente novo.
Mesmo esse tipo de avanço é considerada P&D pois pode aumentar o estoque de conhecimento existente (lembrem-se que se espera que uma atividade de PD&I tenha entre seus objetivos o aumento do conhecimento, ainda que não inédito para todos, mas inédito ao menos quando comparado com o conhecimento preexistente de quem a realiza).
Para ilustrar o conceito de P&D em software, o Manual de Frascati traz alguns exemplos em seu item 2.71:
- Desenvolvimento de novos sistemas operacionais ou linguagens de programação;
- Projeto e implementação de novos mecanismos de pesquisa baseados em tecnologias originais;
- Esforços para resolver conflitos em hardware ou software com base no processo de reengenharia de sistemas ou redes;
- Criação de algoritmos novos ou mais eficientes com base em novas técnicas;
- Criação de novas e originais técnicas de criptografia ou segurança.
Obviamente os exemplos não limitam as possibilidades, mas apenas elucidam que tipos de projetos de software podem requerer P&D.
No próximo artigo da série trataremos dos casos em que não há P&D em software, bem como da existência de casos em que individualmente um projeto de software não contém P&D, mas sua inserção em um projeto maior provoca uma mudança deste conceito inicial.
A série de artigos Como descrever projetos de PD&I para a Lei do Bem no setor de serviços vai para sua Parte 4… inacreditavelmente. 🙂
Espero ter ajudado a todos.
Forte abraço!
Referências:
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