As 4 características do processo inovador
- Gestão da Inovação, Inovação
- outubro 31, 2024
Introdução | As 4 características do processo inovador1
Falando sempre sobre inovação no LinkedIn da eLima Recursos para Inovação, aprendemos que o processo inovador é fundamental para que uma empresa supere, em primeiro lugar, a si mesma, para depois poder superar seus concorrentes.
Ainda que não consiga superar seus concorrentes em participação no mercado ou reconhecimento perante a maioria dos clientes, o processo inovador trará, no mínimo, um aumento do estoque de conhecimento para a empresa, aumentando sua competitividade e capacidade de superar desafios tecnológicos.
O processo inovador possui 4 características que lhe são típicas:
- Incerteza
- Dependência de conhecimento científico
- Formalidade e informalidade organizacional (não foi um erro esse item!)
- Cumulatividade
1) A incerteza no processo inovador
A incerteza é, paradoxalmente, o único componente previsível do processo de inovação, uma que vez é inerente a este processo em virtude da “impossibilidade de traçar precisamente as consequências e resultados antes da atividade de pesquisa e experimentação”.
Uma próxima da inerência da incerteza ao processo inovador é o fato de que “de cada dez projetos de P&D, oito falham e de cada 100 projetos de desenvolvimento de novos produtos, cerca de 50% não se materializam.”
A cruel realidade supracitada acaba forçando engenheiros, químicos e os demais profissionais técnicos de diversas áreas a explorar as possibilidades de acerto à base de tentativa e erro.
Como é possível adquirir um relevante conhecimento através do processo de tentativa e erro, isso deve ser considerado como sendo um passo importante na busca por inovações, já que o conhecimento passado evita erros futuros.
A seguir um exemplo de um processo de inovador à base de tentativa e erro:
Professores lidando com o processo de ensino-aprendizagem:
- Escolha do método de ensino
- Aplicação do método de resposta
- Verificação de aprendizagem pelo aluno
- Ajuste no método de ensino
- Nova verificação de aprendizagem
- Ajuste no método de estudo do aluno e ajuste no método do professor
- Aprendizagem pelo aluno
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2) Dependência de conhecimento científico
A dependência do conhecimento científico para inovar é crescente, sendo uma das características do processo inovador, já que desde o final do século XIX a tecnologia passou a fazer uso significativo da ciência.
Inicialmente, a ciência ocupou-se de responder às questões apresentadas pelos fenômenos da natureza, mas com o passar do tempo, passou a tentar explicar também as questões provenientes das máquinas, processos e produtos criados pelo homem.
A partir do século XIX, notadamente na indústria química e no setor elétrico, as descobertas científicas passaram a servir de apoio para a criação e desenvolvimento de novos produtos e processos.
Esse processo de evolução da ciência como facilitadora para a inovação resultou não somente na aplicação prática das descobertas científicas, mas também no uso do método científico de investigação pelas empresas em seus projetos de inovação tecnológica.
3) Formalidade e informalidade organizacional
Os arranjos organizacionais exercem um papel fundamental no processo inovador, uma vez que estabelecem e organizam as relações entre os diversos atores da inovação: empresas, universidades, inventores, governo etc. Essa formalidade requerida pelo arranjo organizacional contribui para que cada um dos atores exerça suas funções visando alcançar a inovação pretendido pelo todo.
Por outro lado, deve ser levada em consideração “a importância de aprender fazendo, onde pessoas e organizações podem aprender como usar, melhorar e produzir pelo simples processo de fazer”.
Essas atividades informais que ocorrem a todo momento no processo inovador têm a capacidade de contribuir para a solução de problemas que muitas vezes não puderam ser previstos durante o planejamento estratégico, mas que surgiram ao longo do projeto.
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4) Cumulatividade
A cumulatividade pode ser caracterizada como “um processo de aprendizado, onde a natureza das tecnologias em uso define as direções da mudança tecnológica.”
Segundo Figueiredo, autor da obra de referência deste artigo, a realização de avanços tecnológicos em um organização depende de um estoque de conhecimento, competências e da trajetória tecnológica percorrida até aquele momento.
Ainda que nesse percurso surjam inovações radicais, sempre há aproveitamento de conhecimento adquirido em projetos anteriores, o que tende a diminuir significativamente a incerteza inerente ao processo inovador.
Você teve neste artigo um panorama sobre as características do processor inovador e poderá, partir de agora, enxergar com mais clareza o que deve ser feito para que uma inovação, seja interna ou para o mercado, floresça.
Se precisar de apoio nessa jornada, estamos aqui!
1 FIGUEIREDO, Paulo N. Gestão da inovação: conceitos, métricas e experiências de empresas no Brasil. GEN, LTC, 2009
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