As 4 características do processo inovador

Introdução | As 4 características do processo inovador1

Falando sempre sobre inovação no LinkedIn da eLima Recursos para Inovação, aprendemos que o processo inovador é fundamental para que uma empresa supere, em primeiro lugar, a si mesma, para depois poder superar seus concorrentes.

Ainda que não consiga superar seus concorrentes em participação no mercado ou reconhecimento perante a maioria dos clientes, o processo inovador trará, no mínimo, um aumento do estoque de conhecimento para a empresa, aumentando sua competitividade e capacidade de superar desafios tecnológicos.

O processo inovador possui 4 características que lhe são típicas:

  1. Incerteza
  2. Dependência de conhecimento científico
  3. Formalidade e informalidade organizacional (não foi um erro esse item!)
  4. Cumulatividade

1) A incerteza no processo inovador

A incerteza é, paradoxalmente, o único componente previsível do processo de inovação, uma que vez é inerente a este processo em virtude da “impossibilidade de traçar precisamente as consequências e resultados antes da atividade de pesquisa e experimentação”.

Uma próxima da inerência da incerteza ao processo inovador é o fato de que “de cada dez projetos de P&D, oito falham e de cada 100 projetos de desenvolvimento de novos produtos, cerca de 50% não se materializam.”

A cruel realidade supracitada acaba forçando engenheiros, químicos e os demais profissionais técnicos de diversas áreas a explorar as possibilidades de acerto à base de tentativa e erro.

Como é possível adquirir um relevante conhecimento através do processo de tentativa e erro, isso deve ser considerado como sendo um passo importante na busca por inovações, já que o conhecimento passado evita erros futuros.

A seguir um exemplo de um processo de inovador à base de tentativa e erro:

Professores lidando com o processo de ensino-aprendizagem:

  • Escolha do método de ensino
  • Aplicação do método de resposta
  • Verificação de aprendizagem pelo aluno
  • Ajuste no método de ensino
  • Nova verificação de aprendizagem
  • Ajuste no método de estudo do aluno e ajuste no método do professor
  • Aprendizagem pelo aluno

 

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2) Dependência de conhecimento científico

A dependência do conhecimento científico para inovar é crescente, sendo uma das características do processo inovador, já que desde o final do século XIX a tecnologia passou a fazer uso significativo da ciência.

Inicialmente, a ciência ocupou-se de responder às questões apresentadas pelos fenômenos da natureza, mas com o passar do tempo, passou a tentar explicar também as questões provenientes das máquinas, processos e produtos criados pelo homem.

A partir do século XIX, notadamente na indústria química e no setor elétrico, as descobertas científicas passaram a servir de apoio para a criação e desenvolvimento de novos produtos e processos.

Esse processo de evolução da ciência como facilitadora para a inovação resultou não somente na aplicação prática das descobertas científicas, mas também no uso do método científico de investigação pelas empresas em seus projetos de inovação tecnológica.

3) Formalidade e informalidade organizacional

Os arranjos organizacionais exercem um papel fundamental no processo inovador, uma vez que estabelecem e organizam as relações entre os diversos atores da inovação: empresas, universidades, inventores, governo etc. Essa formalidade requerida pelo arranjo organizacional contribui para que cada um dos atores exerça suas funções visando alcançar a inovação pretendido pelo todo.

Por outro lado, deve ser levada em consideração “a importância de aprender fazendo, onde pessoas e organizações podem aprender como usar, melhorar e produzir pelo simples processo de fazer”.

Essas atividades informais que ocorrem a todo momento no processo inovador têm a capacidade de contribuir para a solução de problemas que muitas vezes não puderam ser previstos durante o planejamento estratégico, mas que surgiram ao longo do projeto.

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4) Cumulatividade

A cumulatividade pode ser caracterizada como “um processo de aprendizado, onde a natureza das tecnologias em uso define as direções da mudança tecnológica.”

Segundo Figueiredo, autor da obra de referência deste artigo, a realização de avanços tecnológicos em um organização depende de um estoque de conhecimento, competências e da trajetória tecnológica percorrida até aquele momento.

Ainda que nesse percurso surjam inovações radicais, sempre há aproveitamento de conhecimento adquirido em projetos anteriores, o que tende a diminuir significativamente a incerteza inerente ao processo inovador.

Você teve neste artigo um panorama sobre as características do processor inovador e poderá, partir de agora, enxergar com mais clareza o que deve ser feito para que uma inovação, seja interna ou para o mercado, floresça.

Se precisar de apoio nessa jornada, estamos aqui!

1 FIGUEIREDO, Paulo N. Gestão da inovação: conceitos, métricas e experiências de empresas no Brasil. GEN, LTC, 2009


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Edwin Lima é consultor em Recursos para Inovação (Incentivos Fiscais, Captação de Recursos e Gestão da Inovação) e atua há mais de 10 anos assessorando empresas a melhorarem seus resultados através de recursos para inovação, contemplando as áreas de incentivos fiscais para P&D (Lei do Bem, Tecnoparque Curitiba entre outros);captação de recursos para projetos (FINEP, BNDES, FAPESP entre outros) e implementação de sistema de gestão da inovação (ISO 56002).

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