Melhorias incrementais ou inovação radical? Eis a questão!

Sobre os ombros de gigantes quando se fala em inovação¹, falaremos neste artigo sobre a questão: melhorias incrementais ou inovação radical?

Tidd e Bessant, em seu livro Gestão da Inovação, expõem que existem basicamente dois tipos de inovação, as quais visam a produção de melhorias incrementais ou a inovação radical. Em sua jornada, uma empresa pode se deparar com o seguinte dilema: fazer o que já sabe, mas de uma forma melhor ou fazer algo diferente?

Fazer o que já sabe, mas de uma forma melhor

Observando esse grau de inovação, ao nível básico, a empresa incorpora a filosofia “de fazer o que sabemos, mas de uma forma melhor”, permitindo a viabilização de melhorias incrementais que sejam harmoniosas no dia a dia operacional da organização.

Agindo desse modo, não haverá um grande impacto ou complexidade desnecessária em inovar, ainda que isso não garante a inexistência de desafios durante esse processo.

 

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Fazer algo diferente

O nível mais avançado abarca a questão: “fazer algo diferente”. Ou seja, nesse âmbito a empresa terá contato com a inovação radical, onde os projetos possuirão maior complexidade, carregando consigo grandes desafios e demandando maior atenção dos envolvidos.

Com certeza sua execução ultrapassará o nível operacional e de familiaridade da empresa, uma vez que não será algo que pode ser facilmente incorporado no seu dia a dia.

Os gatilhos de descontinuidade

Conforme abordamos em outro post (aqui), no meio do caminho operacional de uma empresa podem aparecer gatilhos de descontinuidade que exigirão dela “fazer algo diferente”.

Dando atenção a esse movimento, a empresa terá que ligar seu radar para o ambiente externo, tentando capturar os indícios de fraquezas que se apresentam para focar e agir na tratativa delas. Obviamente isso impactará suas decisões estratégicas, devendo a empresa ser flexível, rápida em mudar suas rotas, possuir um controle mais preciso sobre as etapas, tudo isso para mitigar os riscos proporcionalmente complexos e nada familiares que surgirão durante o processo de inovação.

Os autores ressaltam que esse cenário de gestão de inovação se intensifica para empresas já estabelecidas no mercado, em função de sua inclinação em serem menos flexíveis.

Melhorar o que existe ou criar algo novo?

Aparentemente distantes, os dois tipos de inovação (“fazer algo melhor” ou “fazer algo diferente”) se complementam em uma mesma empresa.

Durante toda sua vida, principalmente em momentos de calmaria, onde não existam ameaças e novos entrantes no mercado, a empresa de recorrer ao “fazer algo melhor”. Isso a manterá com altos níveis de desempenho e com seus produtos, processos e serviços sempre atualizados.

O “fazer algo diferente” também deve estar sempre presente, principalmente para que a empresa se prepare para o momento em que o cenário mude, e novas ameaças emerjam. Nesse momento será necessário reagir rapidamente.

O grande desafio está justamente em conseguir conciliar os dois tipos de inovação em uma organização, de modo que coexistam no mesmo processo de gestão.

Nos próximos posts trataremos sobre os desafios impostos e sobre os modelos de gerenciamento da inovação.

 

Saiba mais sobre Recursos para Inovação em nosso site e em nossa LinkedIn Page.

 

¹ TIDD, J.; BESSANT, J. Gestão da Inovação. Tradução: Félix Nonnenmacher. 5ª edição. Porto Alegre: Bookman, 2015.


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Edwin Lima é consultor em Recursos para Inovação (Incentivos Fiscais, Captação de Recursos e Gestão da Inovação) e atua há mais de 10 anos assessorando empresas a melhorarem seus resultados através de recursos para inovação, contemplando as áreas de incentivos fiscais para P&D (Lei do Bem, Tecnoparque Curitiba entre outros);captação de recursos para projetos (FINEP, BNDES, FAPESP entre outros) e implementação de sistema de gestão da inovação (ISO 56002).

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